sábado, novembro 24, 2007

Manhã

Acredito que sou a soma dos momentos que vivo, das pessoas que passam em meu caminho, das alegrias, das decepções. Das musicas, dos livros, filmes, daquela conversa com aquela pessoa na fila do banco, desse ser que me olha agora, com sua pureza e sua tranqüilidade. Sinto uma alegria tão grande em ter consciência que sou um pouquinho de cada pessoa.
E eu Já senti tanta felicidade, tanta tristeza, mas a partir de hoje todas as decepções, as angustias, as "perdas" serão apenas detalhes, detalhes de um cara que tem uma familia linda, que possui amigos especiais. Que possui sua singularidade. Que deseja, que sonha, e que agradece todos os dias ao Criador por todos os momentos vividos.
E eu quero Viver de verdade, amar, permiti-se sentir o que possa haver de mais intenso nessa vida!
Obrigado a todos que me amam, obrigado de verdade.
by Wilson França
Ouvindo Tribalhistas =)

sexta-feira, novembro 23, 2007














"Severino retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, Severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva."

[...]

"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."

Morte e vida Severina de João Cabral de Mello Neto


Hoje à tarde lembrei do João Cabral de Mello Neto, nem sei por que aconteceu isso, só sei que bateu saudade de ler Morte e Vida Severina, lembrei também do tempo que estudava na Rua São Caetano, aposto que todos conhecem, ou pelo menos já ouviram falar da rua das noivas. Pois bem, voltando ao poema, logo pesquisei no Google e matei a saudade de ler um trecho, afinal é um livro inteiro. Cara, é muito lindo esse livro do João Cabral, retrata a vida sofrida em forma de poema de um Nordestino que vive no sertão.
Vida severina é uma vida sofrida, talvez a vida que muitos vive hoje, dos que passam fome, dos que sofrem com a desigualdade, ou talvez o sofrimento que uma senhora de 100 anos sofreu ao ser brutalmente espancada aqui no Brasil por um assaltante que invade sua casa e a deixa no chão. Vi essa reportagem na televisão. Questiono-me se vale a pena o Estado gastar nosso dinheiro com um mostro desses! Repenso se talvez a pena de morte não diminuiria esse tipo de crime.
Como sempre estou indignado com a injustiça desse Brasil.

by Wilson França

quarta-feira, novembro 21, 2007

Meu Filme

Engraçado que cada diazinho que passa, tenha sido ele interpretado por nós como bom ou ruim, cada momento, cada coisa que acontece, juntando tudo é a nossa história, é o nosso enredo, é o filme da nossa vida. A gente pode imaginar ou até mesmo acreditar que alguém está ou estará o vendo. E poderia, eu dizer que é legal se preocupar com a beleza, qualidade desse filme. Mas não! Aprendi hoje que pra mim isso não importa, não importa provar pra ninguém se o nosso filme é bom ou não. O importante é que ele exista, que a gente exista, é existir, mas existir de verdade, o importante é ser.
Em meu filme é necessário haver cenas de felicidade, tristeza é necessário que eu sorria, que chore, que tenha emoção. Enfim, o importante é que esse filme exista e que eu sinta muito orgulho de ser protagonista do mesmo, porque afinal é o meu enredo, meu! Não existe e não existirá outro igual. Sou único e meu filme também, e você pode fazer parte dele.
Felicidades e Abraço,
Wilson França

terça-feira, novembro 20, 2007

Madrugada

Sabe de uma coisa? Tem coisas que não precisam ser ditas, não precisam ser provadas, pensadas, aprovadas, tem coisas que são coisas e isso é o que basta. Coisas que simplesmente, vive-se ou não. Não sei por que estou dizendo isso a essa hora da madrugada, sendo que graças a Deus não estou com insônia. Estava em uma ligação que durou mais ou menos umas duas horas, não se assustem! A média das minhas ligações são sempre no mínimo duas horas mesmo. E nessa ligação conversei bastante com esse amigo, dei muita risada e valeu muito a pena. Cara meu maxilar está doendo de tanto rir. Como é bom rir né? E eu tive a idéia de escrever sobre a historia de um cocozinho solitário. Talvez essa idéia fique para outro dia. Ou melhor, ela vai ficar. Mas por favor, não criem expectativas e nem preconceitos referente ao cocozinho, vamos ver como vai ser essa historinha. Meio loucura escrever isso. Pois é, eu sou louco, e tem coisas que não se entende, afinal como diz a Clarice, Viver ultrapassa qualquer entendimento.
É isso aí, são 4:29ªm da madrugada e eu preciso dormir!
Boa madrugada,
Wilson França

segunda-feira, novembro 19, 2007

Pessoas
















Acabei de jantar, tomei suco, tomei um Iogurte e sabe o que me venho na cabeça agora? Que existe uma coisa muito dez nessa vida. Alias, existem infinitas coisas dez na vida. Mas essa em especial eu quero compartilhar agora. Vamos lá então, hoje discuti com uma Doutora senhora de aparentemente muitos anos de vida e também muitos anos de experiência em sua especialidade, assim como a própria afirmou e fez questão de bater em sua mesa e informar que foram nada mais, nada menos que 30 anos em seu oficio. Meu deus! Na hora eu com meus 18 anos de idade e 9 meses de experiência profissional me senti um pouco inseguro para enfrentar a “fera” (ela é uma profissional exemplar gente). Mas enfrentei, ela gritava e eu gritava junto, e batemos boca, e ela disse que eu era um covarde etc. e tal. Aí eu fiquei fera, fera mesmo, inclinei-me em sua direção e falei tudo que eu era, olhando bem dentro do seu olho. Não é que a mulher surpreendeu-se com tal comportamento? E sabe o que eu disse ao final? Gostei de você doutora, gostei mesmo, dei risada alto, bati palma. E isso tudo parecia cena de um louco consultando com sua psiquiatra.
Quando saí do consultório todos estavam espantados, claro! Provavelmente não é de costume um escândalo pacifico desses entre médico e paciente e ao final terminar com um: – Obrigado Doutora, tudo de bom para a senhora, e a mesma responde, obrigado, pra você também.
Gente dei tanta risada depois, tanta risada que vocês nem imaginam. Mas o que é dez que eu quero falar é meio relacionado a isso, a relacionamento entre pessoas, que obviamente, toda pessoa é diferente da outra e possui seu jeitão de viver e relacionar-se com outras pessoas. Aí que texto que mais fala de relacionamento não?
Pois é, a Doutora tinha seu jeitão, eu tenho o meu também, acho que meio semelhante, mais ou menos assim: Eu dito e não gosto de ser questionado. Somos dois jeitões semelhantes. Foi muito legal. Depois conversei com umas senhoras que tinha tentado suicídio e falei que se elas tentassem novamente eu nem ia ligar, porque afinal elas iam queimar no inferno e eu ia dar risada. Gostaram de mim as senhoras, uma eu passei meu orkut, outras duas passei meu telefone.
Depois fui no shopping Paulista tomar um sorvete no mc e não tinha o que eu queria. Pedi para as moçinhas sugeri algo legal pra mim e elas fizeram um Sunday (é assim que escreve? Não sei), perguntei sobre a chefe delas, se era chata, se era bonita, casada, gostosa e etc. e tal e morremos de rir.
Depois conversei com um mendingo que perguntei se fumava maconha, ele descaradamente assumiu seu vicio. Foi legal conversar com ele, cara simples, com idéias simples, me passou tranqüilidade, dei um real pro tal discípulo de Bob Marley e fui embora. E sem falar na menina “classuda” da Rua Itapeva que viu meu livro e disse que conhecia o Marcelo Rubens Paiva e a Patrícia Melo ( se não sabe quem é, desculpa, você ta um pouco por fora da literatura contemporânea brasileira).
O que eu quero dizer com tudo isso? Que é muito louco, muito maravilhoso relacionar-se, conhecer pessoas, culturas diferentes, mas absolutamente diferente! Deu vontade de virar Sociólogo, mas eu vou ser Psicólogo, que de sociólogo, filosofo e louco tem um pouco.
Abraço,
Wilson França

domingo, novembro 18, 2007

Hoje


Descobri do modo mais mágico que é a descoberta, que existe um estado muito belo em nossa vida, estado este, que por inúmeros motivos não percebemos, não deixamos a percepção nos mostrar que a felicidade é tão ansiada e tão próxima da gente. O estado de felicidade que senti hoje é o da Liberdade. Pensar é um estado de liberdade. Eu posso pensar, posso organizar pensamentos, posso verbalizar ou escrever. Meus dedos digitam, possuo os movimentos dos dedos, meu cérebro funciona perfeitamente, e eu imagino todos esses processos biológicos internos, imagino minha célula, meus neurônios, meu sangue fluindo dentro do meu corpo. E isso tudo sou Eu. Eu existo e vivo, eu nasci, tenho uma identidade. Sou único, mas sou tudo ao mesmo tempo. Sou livre, isso me trouxe paz hoje, me deixou feliz. Andei, falei, respirei, sorri, comi, senti. Estou Vivo!
by Wilson França